Notí­cias | 29 Ago 2017

RN terá capacidade de exportação por via aérea ampliada - Tribuna do Norte

O volume de cargas exportadas pelo Aeroporto de Natal poderá aumentar 10% com a troca do cargueiro MD-11, da Lufthansa Cargo, por um Boeing 777 a partir de setembro. A perspectiva foi divulgada ontem pelo consórcio Inframérica, que administra o aeroporto.

De acordo com o consócio, enquanto o atual avião tinha capacidade de 94 toneladas, o “novo” tem capacidade de carga de até 104 toneladas, transportadas em voos dominicais que partem da capital potiguar para Frankfurt, na Alemanha.

Para o diretor de operações da Inframerica, Juan Djedjeian, a mudança na categoria da aeronave representa a confiança da companhia e um aumento na demanda. “Estamos muito contentes com upgrade da aeronave. Com esse novo modelo, poderemos exportar mais 10 toneladas de carga. Essa mudança significa muito para a economia local e representa também uma ótima aceitação dos produtos do Rio Grande do Norte na Europa”, analisa o executivo.

A mudança de aeronave acontece exatamente no período em que a pista do terminal potiguar entrará em obras, mas mantendo a operação diurna. “Este será um dos maiores aviões que operará em Natal. A mudança da aeronave mesmo durante o período de obras é o indício da confiança da companhia no trabalho que a Inframerica vem fazendo”, conta Djedjeian.

O Terminal de Cargas do Aeroporto de Natal, segundo a Inframérica, se mantém como o maior exportador do Nordeste com um volume de mais de 600 toneladas à frente do segundo colocado da região. O crescimento se deve ao aumento no volume de cargas e a operação semanal do avião da Lufthansa Cargo, que, sozinho, movimenta mais de 40% do volume exportado pelo Terminal. “Desde que iniciou a operação em junho de 2015, o cargueiro da Lufthansa é o grande responsável pela distribuição dos produtos do Rio Grande do Norte para diversas cidades europeias”, lembra o diretor.

Produtos
O Rio Grande do Norte é o maior exportador nacional de peixes das espécies atum e meca, que representam cerca de 26% do volume enviado ao mercado internacional, outros 71% são de frutas, como Mamão, Abacaxi, Manga, Melão e Coco. Atualmente as principais importações atendem a empresas processadoras de energia eólica, a indústria têxtil potiguar, a automotiva pernambucana e institutos de pesquisa e universidades.

Para Djedjeian, estar entre os maiores exportadores do país é o resultado de investimentos em infraestrutura e o trabalho da equipe do aeroporto em trazer e viabilizar as cargas aéreas. “Temos um terminal de cargas com uma capacidade de processamento de até 20 mil toneladas por ano, Natal opera cargas de importação e exportação de qualquer espécie para qualquer lugar do país e do mundo. Nossa localização estratégica com a Europa e Estados Unidos é ideal para agilidade de escoamento de produtos perecíveis”, conta.

O Terminal tem sete câmaras frias com capacidade de armazenamento de 1,3 mil m³. As salas de refrigeração têm diferentes temperaturas para se adequar aos mais perecíveis produtos. Tal diferenciação garante que os pescados sejam entregues frescos aos destinos mais distantes.

Com quatro mil metros quadrados de área, o Terminal de Cargas de Natal também dispõe de um curral, um espaço dedicado ao manejo de cargas vivas. Em janeiro de 2015, o espaço foi inaugurado com a exportação de 150 bovinos ao Senegal. A partir de então, o Terminal passou a ser o único do Nordeste com estrutura para realizar esse tipo de operação.