Notícias | 25 Jul 2023
A Polêmica da Embalagem de Papel para Frutos e Hortaliças
Durante a última Fruit Logístic, realizada em Berlim, estabeleceu-se uma grande polêmica entre os que recomendam o uso de embalagem de papel para frutos e hortaliças e os que são adeptos das embalagens plásticas trazendo como grande argumento o desenvolvimento sustentável.
O problema é que as embalagens plásticas são eficientes no prolongamento da vida útil pós-colheita de frutos e hortaliças quando usados como complemento do armazenamento refrigerado. Isso é, especialmente, importante quando se trabalha com produtos tropicais, contribuindo decisivamente para evitar as perdas pós-colheita e permitir que os frutos apresentem as características de textura, sabor, aroma e aparência que o consumidor deseja.
O posicionamento contra as embalagens de papel é feito em cima dos seguintes argumentos:
• A fabricação de embalagens de papel apresenta um consumo de energia maior do que o de embalagens plásticas. De acordo com o Departamento de Energia dos Estados Unidos (DOE) é necessário 5.162 kWh por tonelada de papel kraft (200-250 g/m2), enquanto que uma tonelada de película plástica PEBD (20 – 30 micra de espessura) consome a metade desse valor energético, conforme estudos da União Europeia.
• A produção de papel tem um consumo elevado de água (1 – 25 m3/tonelada).
• A embalagem de papel selável necessita de aditivos adesivos, o que dificulta o processo de reciclagem
• A embalagem de papel incrementa a perda de água do produto por transpiração o que reduz a qualidade e a vida útil pós-colheita.
• A embalagem de papel contribui para o desmatamento
• O papel é, relativamente, 2000 vezes mais pesado do que o plástico.
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